Nesta terça (15), a turma de Atuação da SP Escola de Teatro, chegou à quarta semana de aulas e, Rodolfo Vázquez, Coordenador do Curso, chamou José Simões, Diretor Pedagógico Interino da SP Escola de Teatro, para uma densa palestra sobre os espaços teatrais, a fim de melhorar ainda mais a percepção de seus alunos sobre a importância e simbologia dos espaços teatrais.
Apresentando o palestrante para os alunos, Rodolfo Vázquez prenunciou: – “Boa sorte para todos e viva o Nó!”, referindo-se à confusão de terminologias e simbologias que, eventualmente, fosse causada nos alunos. Porém, isso não aconteceu e a palestra foi esclarecedora para todos.
Denominada “O Lugar e a Cidade: Entre o Visível e o Não – Visível”, a palestra de José Simões discutiu questões como: O que diferencia um lugar de um lugar teatral?; Onde se pode fazer teatro?; Todos os lugares podem ser teatralizados?; O que é, afinal, um lugar teatral?
Segundo o palestrante, o lugar teatral é a presença humana em cena. É o lugar onde se vê a alma, é plural. Afinal de contas, ele não é apenas um depósito de cena ou sinônimo de um edifício cênico. O palco, a coxia, a acústica, a história do ator e do teatro são singulares, não só por uma questão espacial e de técnica cênica e sim, por uma questão de memória, intencionalidade, experiência e território vivido em cena.
Foi um momento especial e descontraído para os alunos de Atuação da SP Escola de teatro. “A palestra de José Simões veio acrescentar muito na minha formação com essa proposta de uma ‘nova visão’. Para mim, é nova a ideia que o espaço teatral tem memória e fala por si.”, conta Juliana Straub, que hoje foi nomeada observadora do Curso de Atuação, junto com o, também aprendiz, Fernando Farias.
Para ele, a palestra foi uma metáfora: “Como uma brincadeira de Lego, a palestra construiu e renovou minha visão em relação ao espaço teatral. Além disso, me colocou em uma reflexão intensa sobre outras possibilidades de explorar espaços e do fazer cênico.”
Para os interessados no assunto, José Simões indica dois livros; há também há uma matéria do palestrante sobre o tema aqui.
1. UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. Tradução de José Simões. São Paulo: Perspectiva, 2005.
2. GUINSBURG, Jacó. Da cena em cena. São Paulo: Perspectiva, 2001.