Nesta sexta-feira (13), a SP Escola de Teatro recebeu novamente dezenas de artistas, que se apresentaram para o público no segundo dia da 24ª edição do Festival Satyrianas, maior festival teatral da cidade que reúne milhares de artistas e espectadores em quatro dias ininterruptos de arte, cultura e festa.
Essa edição das Satyrianas tem como tema “Re_existir no Zé-Fênix”, em tributo a Zé Celso Martinez Corrêa, lenda do teatro brasileiro que faleceu em julho deste ano. Ele é tema, também, de uma exposição que está no hall da SP Escola de Teatro até domingo (15).
Veja algumas das apresentações do segundo dia de evento na Escola:
Verdades e Inverdades
Na Sala Hilda Hilst, a dupla Charles Dalan e Gabrielly Pinheiro apresentou ao público a leitura dramática de “Verdades e Inverdades”, peça em processo de desenvolvimento. A partir de um encontro no ponto de ônibus, duas pessoas conversam sobre a existência humana. A peça é, segundo os atores, “uma indagação sobre o papel que o ser humano exerce dentro deste palco existencial chamado vida”.
Complexo Metade Cheio
Estudantes da MT Escola de Teatro, instituição fundada em 2016 e que utiliza o sistema pedagógico desenvolvido pela Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP), vieram a São Paulo apresentar “Complexo Metade Cheio”, uma releitura de “A Gota d’água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes. Ficha Técnica: Direção: Sandro Lucose. Atuação: Roger Neves, Marta Luiza, Aline Fauth. Iluminação: Vitor Falcão. Sonoplastia: Shirley Black e Roque Almeida. Produção: Regina Queiroz e Kami Amorim.
EI MANINHA!
Shirlei Souza, do Grupo SER de Teatro, criou a performance solo “EI MANINHA!”, onde falou da opressão sobre o corpo preto, principalmente sobre as mulheres, relembrando os tempos de escravidão no Brasil e passando por situações atuais do cotidiano, onde a pessoa negra sempre é “confundida com o serviçal”. Diz Shirley: “O que dizem essas histórias sobre nossas origens e por que foram apagadas pelo embranquecimento? Nós mesmos nos esquecemos de quem somos por um bom tempo e sumimos sob os pés que nos oprimiam. Mas não há mais tempo para nos negar”.
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