Patricia Borin na peça “Um azul nos bueiros de São Paulo”: apresentações em setembro e outubro de 2023, em São Paulo. | Foto: Divulgação
Estreou no último dia 16, no Teatro Heleny Guariba, na Praça Roosevelt, a peça “Um Azul Nos Bueiros de São Paulo”, solo de Patricia Borin que foi contemplado com o 16º Prêmio Zé Renato de Teatro. Borin é estudante egressa de Dramaturgia da SP Escola de Teatro.
A peça, que fica em cartaz até 29 de outubro, trata sobre o esquecimento e a violência de gênero com a censura de mulheres dramaturgas no teatro no período da ditadura civil-militar no Brasil.
“Um Azul Nos Bueiros de São Paulo” tem dramaturgia, concepção e atuação de Borin, além de direção de João Pedro Ribeiro e direção e execução musical ao vivo por Mafê.
A montagem rememora um encontro ocorrido em 2015, com uma mulher que vive em um bueiro localizado entre as ruas Teodoro Baima e Rego de Freitas. Esse encontro é o disparador para a criação de uma dramaturgia que trata sobre o esquecimento e a violência de gênero.
“A violência a determinados corpos é o passado e o presente do nosso país. Minha vivência como mulher, em coletivos feministas, em debates na universidade, como advogada, mostrou que somos forçadas a aprender que devemos esquecer, que o assédio foi brincadeira ou mal-entendido, que o estupro não aconteceu, que o feminicídio não é importante ou foi provocado. Isso nos mata todos os dias. Literalmente e simbolicamente. Morremos um pouco a cada esquecimento ou a cada denúncia desacreditada. Nós temos muito a dizer, a fazer”, fala a dramaturga e atriz, sobre a motivação para a montagem.
Sinopse
As memórias subterrâneas da ditadura civil militar brasileira, sob uma perspectiva de gênero. A história é conduzida pela Dramaturga, que rememora, por entre ficções e documentos, um encontro ocorrido em 2015, com uma mulher que vive dentro de um bueiro localizado entre as ruas Teodoro Baima e Rego de Freitas. Esse encontro é o disparador para a composição de uma rapsódia de esquecimentos sistêmico, atravessada por memórias conectadas pela luta política e pela escrita dramatúrgica feitas por mulheres em tempos de opressão. O que ainda estaria oculto nos bueiros desta cidade?
Ficha técnica
Concepção, dramaturgia e atuação: Patricia Borin. Direção: João Pedro Ribeiro. Assistente de dramaturgia e direção: Letícia Progênio. Direção e execução musical ao vivo: Mafê. Colaboradores Artísticos: Dulce Muniz, Fábio Resende, Fernanda Azevedo e Luaa Gabanini. Desenho e Operação de Luz: Morim Lobato. Direção de movimento: Paula Yuki. Direção de audiovisual: Caroline Melgaço. Cenografia e figurino: Dan Oliveira. Produção de figurinos: Victor Paulo. Participação em vídeo: Dulce Muniz, Maria Amélia Teles, Fernanda Azevedo e Luaa Gabanini. Documentário: Bem Ortolam do Prado e Thiago B. Mendonça. Fotos: Carol Melgaço. Designer Gráfico: Andréia Manczyk. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção: Jessica Rodrigues e Carolina Henriques. Agradecimentos: Teatro Studio Heleny Guariba, Coletivo Comum e Leandro Costa.
Serviço
“Um Azul Nos Bueiros de São Paulo”
Quando: de 16 de setembro a 29 de outubro. Sextas e sábados às 20h e domingos às 19h
Onde: Teatro Studio Heleny Guariba / Praça Franklin Roosevelt, 184 – República, São Paulo – SP
*Não haverá apresentação no dia 29 de setembro
Classificação etária: 14 anos
Duração: 80 minutos
Ingressos: R$ 40 e R$20 (meia-entrada)
Bilheteria do teatro aberta 1 hora antes do início do espetáculo
Capacidade: 50 lugares
