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“Zebra Sem Nome” estreia no Sesc Belenzinho com músicas inspiradas na República do Congo

Publicado em: 20/06/2023 | por: Guilherme Dearo

"Zebra Sem Nome", espetáculo infantil de 2023, com apresentações no Sesc Belenzinho.

“Zebra Sem Nome”, espetáculo infantil de 2023, com apresentações no Sesc Belenzinho. | Foto: Divulgação/Ethel Braga

O Sesc Belenzinho recebe a peça infantil “Zebra Sem Nome”, espetáculo no qual a personagem título se identifica com seu bando ao som de canções inspiradas na República do Congo, em trilha executada ao vivo. A temporada acontece de 1° a 30 de julho, sábados e domingos, às 12h, no Sesc Belenzinho.

A montagem traz a artista Marina Esteves em sua primeira direção e aponta para uma trajetória para além do coletivo O Bonde, em que é cofundadora. A trama da peça conta a história de uma zebra que quer um nome para chamar de seu. Em seu caminho para encontrar algum que lhe caia bem, percorre o mundo para além da savana e conhece personalidades negras femininas marcantes na história da nossa sociedade.

O texto “Zebra Sem Nome” foi escrito pela dramaturga e roteirista Maria Shu (egressa da SP Escola de Teatro) ao lado de sua filha Heloísa, na época com sete anos. Curiosa sobre temas como representatividade, gênero e classe social – perguntas motrizes da menina – a dramaturgia aborda esses assuntos de forma lúdica com personagens divertidos e que andam em bando. A peça marca o segundo encontro entre as artistas negras e pesquisadoras das narrativas cênicas, Shu e a diretora Marina Esteves.

No enredo, a personagem Zebra sai da savana africana em busca da sua identidade e de um nome para chamar de seu. No percurso, ao conhecer novos lugares também se depara com figuras importantes para suas descobertas e sua busca por identidade. “A peça tem como recorte a união de mulheres negras. A Zebra, enquanto passa por esses espaços, encontra personalidades negras, como Glória Maria, Lélia Gonzales, Conceição Evaristo, Palhaça Chamego, primeira palhaça negra no Brasil. Essas pessoas a fazem se reconhecer como indivíduo. Ela também aprende que, andando em bando – as zebras sabem disso, elas andam em bandos femininos -, ela consegue encontrar sua própria identidade”, conta a diretora.

No palco, atores e musicistas. A peça é embalada por uma trilha sonora ao vivo que mescla canções originais, a sonoridade e a musicalidade do centro-oeste da África, particularmente na República do Congo. Há também influência do hip hop. Com uma DJ em cena, as músicas sampleadas vão conduzindo o caminho e os encontros das personagens. “Nosso público será surpreendido com a musicalidade altiva, festiva e vibrante que se inicia no espaço”, diz Marina.

Serviço

“Zebra Sem Nome”
De 1 a 30 de julho de 2023. Quintas, às 15h. Sábados e domingos, às 12h.
Local: Teatro (374 lugares)
Valores: R$8,00 (credencial plena), R$12,50 (meia), R$25,00 (inteira). Crianças até 12 anos não pagam
Ingressos disponíveis para compra online a partir de 20/06, às 17h. E nas bilheterias das unidades Sesc a partir do dia 21/06, às 17h.
Classificação: Livre
Duração: 50 minutos

Ficha técnica

Concepção e Direção geral: Marina Esteves
Dramaturgia: Maria Shu
Reelaboração textual e dramaturgismo: Jhonny Salaberg, Joy Catharina e Marina Esteves
Elenco: Joy Catharina e Jhonny Salaberg
Direção musical e trilha sonora original: Felipe Gomes Moreira
Produção musical: Dani Nega
Musicistas: DJ K-Mina, Jonatah Cardoso e Larissa Oliveira
Preparação corporal, direção de movimento e coreografias: Marina Esteves
Desenho de luz: Matheus Brant
Operação de luz: Juliana Jesus
Figurino: Felipa Damasco
Modelista: Raquel Brandão
Cenografia e adereços: Livia Loureiro
Execução de cenário e mobiliário: Mateus Fiorentino
Desenho e operação de som: André Papi
Videografismo: Gabriela Miranda
Ilustrações e quadrinhos: Gabu Brito
Orientação cômica e circense – cena circo: Filipe Bregantim
Orientação em jogos e encantarias: Vanessa Rosa
Provocação cênica: Filipe Celestino
Estágio: Chidi Portuguez
Cenotécnica: Helen Lucinda
Fotografia: Ethel Braga
Mídias sociais: Isabela Alves
Assessoria de imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto
Produção jurídica: Corpo Rastreado
Produção executiva: Thiago Moreira
Produção artística: Katia Manfredi
Idealização: Marina Esteves e Maria Shu
Realização: Sesc SP
Apoio: Prêmio Zé Renato
Na canção de abertura “Não há mais nada para aprender aqui” fazemos uma citação a canção “Raízes” do compositor José Geraldo Rocha, que cedeu gentilmente sua obra. Para o compositor, nosso carinho e agradecimento.
Agradecimentos:
Ailton Barros, Circo Guarany, Casa 11, Cristiano Gouveia, Família Gomes Moreira, Gabriela Gonçalves, Gisely Alves, Graciane Diniz, Jessica Turbiani, Kalu Manfredi, Lucas Cardoso, Mariana Gabriel e família, Murilo de Lima Giavarotti, Nara Dias Gugliano, Nouve, O BONDE, Rosemary Martins, Wagner Antonio e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para esse sonho se tornar realidade.

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