“Deus é um mecanismo imanente da natureza e do universo.
Deus e natureza: dois nomes para a mesma coisa.”
Baruch Spinoza
No espetáculo O Deus de Spinoza, de Régis de Oliveira, com adaptação e direção de Luiz Amorim, que apresenta a vida e a essência do pensamento do filósofo holandês que foi condenado por questionar a doutrina religiosa judaica e contestar seus ensinamentos, a cidade de Amsterdã, ano de 1677, fervilha culturalmente. É nesse cenário, após a publicação de seu livro, no qual questiona as doutrinas e dogmas religiosos e políticos, que Baruch de Spinoza, interpretado por Bruno Perillo, é chamado pelos rabinos, Luiz Amorim, David Kullock e Roberto Ascar, a arrepender-se, mas não abre mão de seu pensamento. Assim passa pelo Herem, a condenação judaica, e vai viver no exílio da sua comunidade. Tem o apoio de seu amigo Jan Rieuwertsz, vivido por Mateus Carrieri, com quem pode desabafar e contar seus planos futuros. A montagem muito bem encenada é um convite à reflexão e à liberdade de pensamento, que mostra como a filosofia de Spinoza está conectada com o mundo atual. O espetáculo traz uma trilha que conta também com musicas Ladinas executadas ao vivo por uma banda.
No palco do Teatro Itália Bandeirantes o elenco gentilmente posou para esse ensaio exclusivo.
Bob Sousa é fotógrafo, pesquisador e mestre em artes pela Unesp. É crítico de artes visuais/APCA e Prêmio Arcanjo de Cultura
FICHA TÉCNICA
Texto: Regis de Oliveira
Direção e adaptação: Luiz Amorim
Elenco: Bruno Perillo, Mateus Carrieri, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein e Roberto Ascar
Direção musical: Marcus Veríssimo
Musicistas: Marcus Veríssimo, Gabriel Ferrara e Margot Lohn
Desenho de luz: César Pivetti
Figurinos: João Pimenta
Cenografia e Adereços: Evas Carretero
Fotografia e Filmagem: VFilmes
Ilustração: Hidreley Diao
Produção executiva: MV Produções
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Realização: Regis de Oliveira
Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti