Em novembro, a SP Escola de Teatro lança o Cineclube SP, espaço dedicado à exibição e discussão de filmes de arte que dialoguem com a linguagem cênica. No primeiro encontro, em 29 de novembro, é exibido o longa “A Paixão de JL” (2015). A sessão, gratuita e aberta ao público, acontece às 20h, na sede Roosevelt.
O documentário dirigido por Carlos Nader foi construído a partir de um diário em fitas cassetes do artista plástico José Leonilson. Nas memórias gravadas durante os anos 1990, ele narra sua vida íntima em paralelo aos processos criativos e contextualizando em momentos históricos do Brasil e do mundo — como a queda do muro de Berlin.
Os registros mudam de tom quando Leonilson descobre que é portador do vírus HIV. E a partir de então, o expectador acompanha a relação do artista com a condição de soropositivo. O filme revela angústias, expectativas, memórias e prazeres de uma dos mais importantes artistas contemporâneos brasileiros, todo ilustrado com as imagens de obras feitas por ele, entre pinturas, desenhos e bordados.
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Atividade de contrapartida do Programa Kairós, a ideia do Cineclube SP é mudar a percepção do público sobre a obra escolhida a partir do exercício de repensar como poderia ser uma exibição diferente. “A ideia principal é encontrar filmes que, de alguma maneira, transitem entre cinema e teatro. A partir daí, nós pensamos outras possibilidades de exibição das obras, como a projeção e a disposição do público”, diz Luciano Gentile, formador que orienta a ação.
A cada encontro, haverá um bate-papo depois do filme, mediado por estudantes da SP Escola de Teatro, para debater as correlações entre o cinema e a estética teatral. No caso de “A Paixão de JL”, os estudantes Anderson Vieira (Direção), Florido (Direção) e Letícia Cabral (Cenografia e Figurino) conduzem a discussão.
Para 2018, estão programadas ainda mais duas exibições.
