Além de funcionar como um espaço de formação nas artes do palco, a unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco também recebe espetáculos e residências artísticas.
Acesse o espaço da SP Escola de Teatro no Sympla para ver os eventos com ingressos disponíveis no momento.
A (RÉ)TOMADA DA PALAVRA OU A MULHER QUE NÃO SE VÊ
A obra conta a história de Rosa, uma passageira comunicativa, trabalhadora da limpeza, que tem olhar atento para as injustiças sociais. Em certo dia, ela exige que o motorista pare e volte para uma mulher negra em cadeira de rodas que deu sinal e foi ignorada. Ao descer para ajudá-la, o público vê apenas uma cadeira de rodas vazia. Com inspiração na ativista negra norte-americana Rosa Parks e na história de vida de Flávia Diniz a peça reflete, se na sociedade atual a mulher preta é invisível, a mulher preta com deficiência nem ao menos existe.
Com dramaturgia de Shaira Mana Josy e Piê Souza, atuação de Ma Devi Murti e direção de Anderson Maurício, a peça “A (Ré)tomada da Palavra ou A Mulher que Não se Vê” transforma o ônibus — esse lugar de espera, empurra empurra e pressa — em cena viva, onde silêncio vira fala, o transporte vira palco e a presença vira manifesto.
NÃO É UM FILME
Bernardo não saiu com ninguém desde que terminou o namoro. Olavo passa as noites nos bares e saunas gay da cidade. Caio prefere sexo casual com quem não precisa encontrar no dia seguinte. João gosta mesmo é de se apaixonar. Através dos quatro personagens, a peça faz um recorte da experiência de ser um homem gay nos dias de hoje, discutindo inseguranças afetivas, amizades, relações casuais, expectativas e frustrações com o amor romântico. Entre uma saída e outra com os “boys” do aplicativo, Caio convence seu melhor amigo, Bernardo, a se jogar no mundo dos encontros amorosos. Só que Bernardo não esperava que João fosse se apaixonar tão rápido. Nem João esperava que Bernardo lidasse tão mal com os próprios sentimentos – e com a reaproximação do ex-namorado, Olavo. Seria mais fácil se tudo fosse como nas comédias românticas que Bernardo alugava na locadora quando era mais novo. Mas quase sempre é só a vida real mesmo.